Nos últimos anos foi difícil sair uma notícia favorável ao mercado imobiliário nos Estados Unidos. O setor foi responsável pela crise que causou uma profunda depressão na economia estadunidense. Felizmente, o tabu foi quebrado e os imóveis voltaram a se valorizar.
De acordo com a Agência Federal de Financiamento Imobiliário (FHFA, sigla em inglês), o preço dos imóveis residenciais dos Estados Unidos subiu 0,7% em fevereiro na comparação com o primeiro mês do ano. Se comparado com fevereiro de 2012, o índice apresenta um aumento de 7,1%.
Os valores representam uma retomada do setor após a crise. Segundo o estudo da FHFA, o preço dos imóveis está 13,6% abaixo do pico histórico, registrado em abril de 2007 e no mesmo patamar dos números alcançados em outubro de 2004. O índice só leva em consideração os preços dos imóveis financiados pelas agências controladas pelo governo.
Entre os motivos para a valorização do setor imobiliário estão: o estoque de imóveis disponíveis para a compra é pequeno, já que poucas casas foram construídas desde 2008; os bancos estão negociando menos por hipoteca e os investidores compraram mais casas para alugar. Além disso, muitas pessoas compraram imóveis em 2007 e não querem vender agora, porque o preço ainda é mais baixo.
Vale lembrar que a população dos Estados Unidos nunca parou de crescer. Entre 2008 e 2010, o país tinha dois milhões de famílias sem a menor condição de comprar um imóvel. A melhora econômica, somada a política de redução das taxas de juros, deixou essas pessoas em condições de comprar a casa própria. Pelas razões dispostas nos dois últimos parágrafos, a demanda superou a oferta, o que fez com que os preços aumentassem.
Para o consultor imobiliário da Califórnia, John Burns, “a recuperação é sólida” e não representa o início de uma nova bolha, já que os preços dos imóveis continuam abaixo da média em relação à renda. No entanto, se a valorização continuar nesse ritmo, a população dos Estados Unidos pode “ter um problema na capacidade de compra”, revela.
FONTE: Redimob