Seu navegador está desatualizado!
Atualize o seu navegador para uma melhor visualização do site. Atualizar agora!
Um famoso hotel no sudoeste de Manhattan, Nova York, chamou a atenção por bater um recorde de venda pós-crise econômica.
O Standard Hotel foi vendido por 400 milhões de dólares para um grupo do investidor Steven Kantor.
Segundo o Wall Street Journal, seria o maior preço pós-crise econômica de 2008 e o quarto maior de todos os tempos no país.
Para se ter uma ideia do preço astronômico: cada quarto saiu, portanto, por 1,2 milhão de dólares.
O preço médio dos quartos nas transações de hotéis na cidade está bem abaixo disso: 270 mil dólares.
E os atuais proprietários só pagaram 240 milhões por ele, há dez anos.
A valorização se explica: o Standard Hotel fica em posição privilegiada, literalmente em cima do High Line, a antiga linha férrea da cidade que virou a atração turística cult e alternativa da cidade.
Antes, essa região da cidade estava decadente e desvalorizada. O ex-prefeito Michael Bloomberg quem investiu no projeto do High Line Park.
O hotel atrai muitos jovens e turistas descolados dispostos a desembolsar um bom dinheiro e apreciar a paisagem do High Line, do Rio Hudson e de toda Manhattan.
A taxa média de uma diária na cidade é de 258,57 dólares (2013), 3% mais que em 2012.
Nessa faixa de preço, o Standard Hotel demoraria, só contando com a diária, 4640 dias para recuperar o preço pago por um quarto. Ou seja, mais de 12 anos.
Já se levarmos em conta o preço da diária mais barata do próprio hotel, 405 dólares, ainda assim ele demoraria 2962 dias, mais de oito anos.
Boom do setor
O preço dos hotéis e das diárias estão crescendo com mais turistas, mais demanda de investidores e um aquecimento do mercado imobiliário.
Em 2013, o valor de transações de hotéis na região chegou a 22 bilhões de dólares, 35% a mais que em 2012.
Além de Nova York, cidades como São Francisco e Miami veem o boom dos hotéis pós-crise.
Geralmente, após uma crise econômica, os hotéis tendem a se recuperar mais rápido porque podem reajustar a taxa diária cobrada sem problemas.
Já imobiliárias de escritórios, por exemplo, estão presas a contratos de longo prazo e não podem mudar a qualquer momento seus valores para capitalizar sobre uma recuperação.
Investidores do Oriente Médio e Ásia são as grandes figuras do setor. Eles devem gastar 3 bilhões de dólares em transações de hotéis nova-iorquinos em 2014, 36% a mais que em 2013.
Esse ano, um fundo de Abu Dhabi pagou 300 milhões de dólares por um dos maiores hotéis de Atlanta, o Marriott Marquis.
Já um bilionário de Singapura adquiriu o Novotel da Times Square por 274 milhões.